terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Breve momento de inspiração...

Isso era pra ser uma música... mas não tomou corpo.
Era pra ser uma poesia, mas não tomou jeito.
Que sirva como um grito destrancando a garganta.



"... Da ausência dos meu dias ..."


Tudo começou em uma noite de novembro, noite fria qualquer
onde qualquer beijo com calma prende a alma de uma mulher
A lua brilha com a força e a destreza de um domador
e um toque simples do paysano alcança um verso de amor.

Os dias passam e a canoa que balançava naquela água imensa...vai procurando costado
e aquela dor antes intensa... vai se refazendo num acalambrado.

Ouço gritos perdidos em um corredor que nem existe
e muitas vezes me pergunto porque que esse vazio ainda insiste.
e Dom Jayme disse que a dor faz parte da vida...
Não vai ser a minha alma que vai ficar sem cicatrizar a ferida.

Eram dois corações que faziam planos para um terceiro
Mas não se pode erguer morada se não há amor por inteiro
Deixo então que tudo se renove...e que novas estradas possam surgir
A única certeza que tenho é que doze braças de carinho como o meu não vai existir.

Me sinto como a planta que rebrota depois da tormenta
que esquece das tristezas e das penas que o povo inventa.
Já disseram os payadores que pior do que a seca, só o aguaceiro que mata sufocado...
se eu pudesse fazer apenas um pedido, seria nunca ter saido do teu costado.

Foram muitas as noites enluaradas que te ouvia dizer : és tu a morena de mis amores
e no cheiro da tua pele, junto ao toque das tuas mãos, era onde acalmava minhas dores.

Tantas foram as promessas que meu peito acreditou
foram longos os tentos trançados até que tua falta, meu rancho desmoronou.
Mil madrugadas questionei o por que desta amarga sina...
Mas teus olhos me disseram que nem só de encontros se faz a vida.

Hoje nesta volteada me pego a pensar que de erros também se constrói um caminho...
e que não há homem no mundo que nasça pra ser sozinho!
Sua ausência quase me matou, e as cartas tive que baixar...
Continuo te desejando sorte, mesmo sabendo que tu não vais voltar.


Eram dois corações que faziam planos para um terceiro
Mas não se pode erguer morada se não há amor por inteiro
Deixo então que tudo se renove...e que novas estradas possam surgir
A única certeza que tenho é que doze braças de carinho como o meu não vai existir.




Vacaria, por culpa de um 21 de novembro de 2008.

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